500 anos de História: PortoBay Flores
Existem hotéis e HOTÉIS COM HISTÓRIA.
No coração do centro histórico do Porto, o hotel PortoBay Flores combina uma localização privilegiada com um charme que nos transporta no tempo. Instalado num palacete do século XVI, este hotel de cinco estrelas do Grupo PortoBay preserva a alma da cidade nas suas paredes, nos vários detalhes arquitetónicos e em cada história que ali se sente. Mais do que um lugar para ficar, é uma viagem ao passado com o conforto do presente.
A origem das casas da Rua das Flores
Esta casa apalaçada, conhecida entre os habitantes da cidade Casa dos Maias (nome da última família que a habitou) ou Palácio dos Ferrazes, possui raízes profundas na história do Porto. Construída, no século XVI, pelo fidalgo Martim Ferraz, ergueu-se na Rua das Flores, esta que viria a tornar-se uma das artérias mais importantes da cidade e o local escolhido por famílias da burguesia urbana para instalar as suas residências. Ainda hoje é possível admirar o elegante conjunto de casas senhoriais apalaçadas que remontam a essa época, preservando a traça original.
Trata-se de um edifício amplo, cuja feição quinhentista foi profundamente transformada por intervenções no século XVIII, conferindo-lhe o aspeto que hoje conhecemos.
Bonita fachada histórica
Na fachada, é possível observar as marcas deixadas por séculos de história: destacam-se as grandes portas de madeira, os janelões encimados por frontões triangulares, as varandas em ferro forjado e as cantarias em pedra, onde se integram brasões quinhentistas que emolduram o vão central.
Estes brasões apresentam escudos de armas possivelmente datados do século XVI, embora estejam inseridos numa composição ornamental com volutas e enrolamentos de estilo barroco — um indício das intervenções realizadas no edifício durante o século XVIII.
Pormenores da época
No interior, as antigas cavalariças do palacete deram lugar à entrada do hotel. O projeto do arquiteto Samuel Torres de Carvalho preservou os principais elementos arquitetónicos, integrando-os com respeito pela história do edifício. Destacam-se o pavimento em granito e a imponente escadaria, onde as lajes originais permanecem, cinco séculos depois, como testemunhas silenciosas do tempo. No interior, é ainda possível observar diversos elementos da época, como belos azulejos, janelas, motivos decorativos em pedra original e até um antigo forno de cozinha, localizado a meio do corredor que liga o edifício histórico à nova ala do hotel.
A ampla escadaria de entrada apresenta dois lanços laterais e um lanço central, cujo corrimão é sustentado por seis colunas que se prolongam até aos salões superiores. É precisamente nestes salões, outrora pertencentes à família Maia e hoje cuidadosamente recuperados, que se encontram o restaurante do hotel e uma sala de reuniões com luz natural — ambos com vista para a Rua das Flores.
Um dos segredos da cidade...
Nas traseiras do palacete, encontra-se um amplo pátio pavimentado com lajes de granito, resultado das transformações do século XIX, onde se acredita que tenha existido uma fonte barroca. O pátio guarda ainda um dos muitos segredos do Porto: uma pequena capela barroca, que remonta à época das obras de renovação do edifício, provavelmente em meados do século XVIII, e cuja autoria tem sido atribuída ao artista italiano Nicolau Nasoni. Nasoni, considerado o "Miguel Ângelo" da cidade, deixou um legado significativo em Porto, com inúmeros trabalhos, entre os quais se destacam a vizinha Igreja da Misericórdia e a icônica Torre dos Clérigos.
O desafio do arquiteto
O projeto do hotel, liderado pelo arquiteto Samuel Torres de Carvalho, teve como premissa a preservação e integração dos elementos característicos do palácio original, garantindo assim a sua identidade única.
O lote integrava dois edifícios com características arquitetónicas distintas, localizados em extremos opostos e com uma diferença significativa de altura. A sul, o Palácio dos Ferrazes, na Rua das Flores, e a norte, na Rua da Vitória, uma construção de meados do século XX. O desafio do projeto foi criar uma unidade hoteleira moderna, estabelecendo conexões entre as diversas discrepâncias arquitetónicas, temporais e topográficas, para criar um espaço único.
Para dar forma ao hotel, a demolição do edifício existente na Rua da Vitória deu origem a um novo edifício de nove pisos. Dada a sua dimensão e visibilidade, tanto das ruas quanto de outros pontos da cidade, o novo edifício teve que estabelecer um diálogo harmonioso com o entorno. A solução para a discrepância entre os volumes dos edifícios foi encontrada através de um pátio ajardinado, que conecta os dois edifícios, criando um espaço comum.
O uso da pedra como material desempenhou um papel decisivo nesse diálogo entre os edifícios e o ambiente circundante, pois, ao ser recuperada, estabelece um fio condutor que interliga as diversas intervenções e espaços, reforçando a coesão visual do conjunto.
Uma perfeita fusão entre o passado e o presente, oferecendo uma experiência única de conforto e história. Não perca a oportunidade de descobrir a verdadeira essência do Porto e deste hotel que tanto encanta...