“O Porto tem qualquer coisa que não sabemos explicar bem”
Aconselha a quem visita o Porto pela primeira vez a “ter cuidado com as emoções”. António Victorino d’Almeida, reconhecido Maestro português, esteve recentemente na cidade do Porto e ficou hospedado no hotel PortoBay Teatro.
O Maestro não esconde que o Porto é uma das suas cidades preferidas: “O Porto tem qualquer coisa que a gente não sabe explicar bem, porque é um velho que tem qualquer coisa de novo”.
Se está com vontade de conhecer ou de voltar a visitar esta cidade imperdível, tome nota das dicas do Maestro:
1. Como descreveria a cidade de Porto a alguém que a vai visitar pela primeira vez?
O ter cuidado com as emoções, pois a Ribeira do Porto é absolutamente uma das 7 maravilhas do mundo. Portanto, ver aquilo é muito emocionante e é preciso que as pessoas se cuidem (risos!)
2. Nomeie 3 lugares imperdíveis no Porto
- Ribeira e Gaia
- Ponte de São Luís
- Serra do Pilar
3. Quais os pontos culturais que destaca
A Torre dos Clérigos é o bilhete postal do Porto. Eu nunca subi lá acima, tenho muita vontade de lá ir, porque é seguramente um sítio maravilhoso.
E depois o Porto tem qualquer coisa que a gente não sabe explicar bem, porque é um velho que tem qualquer coisa de novo. Em toda a cidade do Porto há isso e, portanto, eu devo dizer que é uma das minhas cidades preferidas.
4. Se o Porto fosse uma música, qual música seria?
O Por do Sol na Ribeira tem que ver com o Adágio do Mahler.
Sobre . ..
António Victorino d’ Almeida (1940) é, atualmente, o mais prestigiado compositor português em atividade.
Figura muito popular em Portugal devido às centenas de programas de televisão que concebeu, realizou e apresentou durante décadas, como compositor é autor de 7 Sinfonias, 1 Ópera – “Canto da Ocidental Praia” - sobre a vida do Poeta Luís de Camões (autor do Libreto e da Música), 2 Concertos para Piano e Orquestra, Música Coral-Sinfónica (2 Missas para Solistas, Coro e Orquestra), Música de Câmara, Obras Instrumentais, incluindo 7 Sonatas para Piano, Prelúdios e Fugas, Nocturnos, Fados, Canções, etc.P
Paralelamente, é Pianista, Improvisador, Divulgador Musical, Escritor e Chefe de Orquestra, tendo sido até agora distinguido pelo conjunto das suas ações em prol da Cultura com as seguintes condecorações: pelo Governo de Portugal: Medalha de Mérito Cultural (2021) e Ordem do Infante D. Henrique (2005); pelo Governo da Áustria (Presidente da República): Grande Insígnia de Prata e Cruz de Honra Austríaca das Ciências e das Artes; pelo Governo de França: Chevalier des Arts et des Lettres (2014).